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Os Chakras

No Budismo e Hinduísmo, a essência do entendimento e percepção encontra-se em centros de Aura (ou seja, pontos que ligam o corpo à mente), chamados Chakras ("rodas", em hindu). Cada qual emite uma luz de cor diferente e é o centro de um dos sentidos físicos e um dos sentimentos espirituais, o que realça sua característica de centro de união entre espírito e o corpo. Eles estão dispostos no meridiano do corpo numa linha vertical, seguindo os centros nervosos da base da espinha até o topo do cérebro.

O primeiro Chakra é chamado de Muladhara (Base), e corresponde ao olfato e à memória. Está localizado na região do cóccix. É a base do suporte da interconexão com a Terra. Centro das noções de tempo e espaço, as bases de todo o conhecimento humano, este centro também é o trono de nossos instintos básicos de sobrevivência, sexualidade e outros. No Hinduísmo, corresponde às divindades Ganesha e Brahma e ao Shakti Dakini, sendo seu veículo o elefante, seu planeta mercúrio e seu mundo Bhuloka. Tem cor vermelha, 4 pétalas e corresponde ao plexo sacral/pélvico.

O segundo Chakra é Svadishthana (Local Pessoal), correspondente ao paladar e o intelecto. Está localizado no púbis. Pessoas educadas trabalham através deste centro de lógica e análise. Grandes mentes o dominam. Divindade: Vishnu. Shakti: Rakini. Cor: laranja avermelhando. Veículo: crocodilo. Pétalas: 6. Plexo: hipogástrico. Planeta: Vênus. Mundo: Bhuvarloka.

O terceiro Chakra é o Manipura (Cidade das Jóias), centro da visão e da vontade. Está localizado no plexo solar, atrás do umbigo. Sua base é poder pessoal, a energia metabólica, a disciplina e a resistência. Sua essência é a Vontade e sua fundação é a da essência individual. Divindade: Rudra Shiva. Shakti: Lakini. Cor: amarelo âmbar. Veículo: carneiro. Pétalas: 10. Plexo: solar. Planeta: Marte. Mundo: Maharloka-Svarloka.

O quarto Chakra é Anahata (Virtuoso), responsável pelo tato e pela cognição direta. Tem raiz no órgão cardíaco e tem base no amor, associações, relações, Compaixão. Sua essência são as inter-relações e emoções. Aqueles que alcançam este reino, com seu entendimento delicado e penetrante a vários campos de atividade e conhecimento são os guias, conselheiros e mentores da Humanidade. Divindade: Rudra Shiva. Shakti: Kakini. Cor: verde fumacento. Veículo: veado. Pétalas: 12. Plexo: cardíaco. Planeta: Júpiter. Mundo: Maharloka. Divindade: Panchavaktra Shiva. Shakti: Shakini. Cor: anil. Veículo: peacock. Pétalas: 16. Plexus: pharyngeal. Planeta: Saturno. Mundo: Janaloka.

O quinto Chakra é Vishuddha (Puro), o centro da audição e do amor divino. Aqui, amor ilimitado surge, uma visão de todas as almas como irmãs e que tudo é sagrado. Almas sem egoísmo, artistas excepcionais e poetas místicos residem aqui. Segundo outros, sua base é a comunicação e a criatividade e sua essência é a concentração e direcionamento. Localiza-se na garganta.

O sexto Chakra é Ajna (Centro de Comando). É o Terceiro Olho, a visão divina, centro das curiosas percepções extrasensoriais; em outras palavras, é o sentido espiritual. Localiza-se na base da testa, entre as sobrancelhas; mais especificamente, na glândula pituitária. Sua base é a faculdade de intuição e tudo o que é governado pela imaginação e cognição. É o elo pelo qual percebemos as zonas e planos superiores, sendo responsável pela clarividência, sensitividade e visões. Sua essência está nos mundos astrais e de sonho. Divindade: Ardhanarishvara. Shakti: Hakini. Cor: roxa. Veículo: cisne. Pétalas: 2. Plexo: cavernoso. Planeta: Urano. Mundo: Tapoloka.

O sétimo Chakra é Sahasrara (Mil Pétalas), e rege a iluminação e divindade. Está localizado no eixo do crânio bem no topo, no ponto de interseção das três placas do crânio: o lobo frontal e os hemisférios direito e esquerdo. É a base do conhecimento, sabedoria, compreensão. São pensamentos refinados, objetivos, superiores aos pensamentos subjetivos do Terceiro Olho. Sua essência é a bem-aventurança. É o pico espiritual, pináculo da luz, energia e consciência. Aham Brahmasmi, "Eu sou isso", é revelado. Aqui liberados permanecem em comunhão consigo mesmos. Divindade: guru interior. Shakti: Mahashakti. Cor: ouro. Pétalas: 1,008. Plexo: pituitário. Planeta: Netuno. Mundo: Satyaloka.

O oitavo Chakra é a Serpente (Kundalini em sânscrito), a consciência divina. Não se trata de um centro do corpo como os demais, mas localizar-se-ia acima do Chakra Coroa, como uma auréola. Envolve todo o corpo na sua esfera energética, e tem seu ponto de foco como o de um campo ovular; em outras palavras, é a versão hindu para a Aura. Sua forma lembra aquela da cabeça e pescoço de uma naja e sua fundação e base está na consciência cósmica. A existência e desenvolvimento da Serpente marcará o indivíduo com uma permanente ciência de conexão coexistente ao Tao (Deus).

RESUMO DE REFERÊNCIA DOS CHAKRAS

LOCAL NOME OCIDENTAL SENTIDO SENSAÇÃO COR ELEMENTO
Cóccix Da Base (Raiz) Olfato Memória Vermelha Terra
Púbis Sexual Paladar Intelecto Laranja Água
Umbigo Do Plexo Solar Visão Vontade Amarela Fogo
Coração Cardíaco Tato Cognição Verde Ar
Garganta Da Garganta Audição Amor Anil Som
Testa Das Sobrancelhas (3o. Olho) Cognição Sensitividade Roxa Luz
Cabeça Da Coroa Compreensão Sabedoria Ouro Pensamento
Aura Serpente (Kundalini) Divindade Santidade Branca? Deus?

 

A seguir, ligaremos os Chakras do Budismo ao Espírito e Aura do Taoísmo.

O sexto sentido apresenta predominância em indivíduos imaturos, cujo espírito encontra-se no estado bruto; o sétimo sentido, por sua vez, é característica de pessoas maduras, cujo espírito encontra-se no estado sutil; finalmente, o oitavo sentido só é predominante em pessoas santas, que alcançaram a total serenidade e equilíbrio e estão além da morte, vivendo independentes do corpo físico.

Em termos de Aura, indivíduos limitados ao sexto sentido podem ser capazes de manipular apenas a própria Aura, ou a própria Kundalini. Acima deles estão as pessoas dotadas de sétimo sentido, que na sua compreensão do todo cósmico carregam o potencial para manipular a Aura Cósmica infinita. No entanto, os santos que harmonizam com o Tao além de manipularem toda a Aura Cósmica estão eternamente ligados a ela, não mais apenas à Aura limitada do seu corpo. Nessa condição são iguais aos imortais, que vivem além do plano físico.

Eu ouvi falar sobre um nono sentido. Aparentemente o nono sentido seria a fusão ao Tao, ou seja, o retorno à fonte, onde o indivíduo deixaria de ser um indivíduo para se tornar parte do Tao.

Detalhes sobre os Chakras

 

O Multiverso

Nota: Estas informações foram adquiridas recentemente e não estão completas, portanto algumas questões ficarão no ar. Apesar disso, eu não poderia deixar de colocá-las.

O Hinduísmo, que em certo ponto da História fundiu-se ao Budismo em certas regiões, divide a Realidade em 10 Universos. Quatro deles são planos espirituais privados às entidades supremas como Buda, ou seja, algo como Nirvana. Os 6 demais referem-se aos mundos de transmigração (samsaras).

O primeiro samsaras é o nosso mundo, o Mundo Humano ( Jin-kai), que representa a Inconseqüência. Em seguida vem os Fantasmas Famintos ( Gaki em japonês, Pretas em hindu), criaturas esqueléticas com vísceras inchadas, que avançam sobre carniça, representando a Ganância e o Sofrimento. Na seqüência, vem o Inferno (Ji-goku em japonês, Niraya em hindu), com seus morros de agulhas e lagos flamejantes, representa o Ódio e é habitado pelos mais viciosos dos seres. Chegamos então às Bestas ( Chiku-shou), a perdição, que representa a Ignorância, onde o mais forte devora o mais fraco. A próxima parada são os Shuras ou Demônios ( Shu-ra em japonês, Assura em hindu), enormes entidades belicosas de 3 faces e 3 pares de braços que representam a Inveja. Por fim, os Seres Celestiais ou Deuses ( Ten-jin em japonês, Dehva em hindu), criaturas virtuosas que, cercadas de abundância e opulência, representam o Orgulho. Segundo Shaka da Virgem em Saint Seiya, é o mais perigoso dos samsaras, pois se pode virar uma besta faminta com um único pensamento.

Os Pretas podem ser associados a vários monstros de todos os folclores, como Ogros, Trolls e Duendes no Ocidente, os Gênios no Oriente Médio, os Guis na China e os Onis no Japão. Quanto aos Deuses, em todas as culturas politeístas são entidades superiores - espíritos poderosos e forças da natureza - que têm ciclo de vida infinito e têm poderes sobre a natureza ou sobre os animais e devem ser adorados para manterem-se calmos e satisfeitos. Na China e no Japão são incontáveis, enquanto na Índia são 33, governando as três regiões do céu, do ar e da terra e dão assistência à humanidade com seus poderes benéficos. Ainda na Índia, os deuses bebem o néctar da imortalidade (Soma), cobiçado pelos Assuras. Estes vivem em guerra contra os Devas, além de serem associados às secas e considerados a fonte de toda a discórdia.

Os samsaras são os planos espirituais pelos quais as almas transmigram, suponho que após a morte, e apenas os que atingirem o Nirvana alcançam um dos 4 planos superiores. Isso se explica pela crença hindu na reencarnação. Acreditam que o que rege cada vida é o que chamam de Karma, que pode ser associado à idéia de destino, nada mais que uma conseqüência dos seus atos nas vidas passadas. Pode-se dizer que as almas fossem sendo castigadas na sua própria sucessão de vidas. Apenas quando o Karma fosse apagado, seja por se submeter às "punições", ou pela forma mais imediata, extinguindo o Karma seguindo a filosofia taoísta da Não-Ação (Wu Wei). Podemos perceber então o interlaçamento das filosofias e religiões Orientais.

Em resumo, para os orientais, a natureza humana é impura, e apenas aqueles que se devotam à oração e meditação escapam deste plano para um dos superiores. Aguardem mais informações e, se puderem, colaborem para a minha pesquisa!